Sempre houve questionamento de qual profissional deveria fazer avaliação de imóveis. No entanto, hoje vamos tecer comentários acerca dos Engenheiros e Corretores de Imóveis para contribuir com a discussão.
Os engenheiros têm entre as suas atribuições, a realização de estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, pareceres e divulgação técnica. Todas essas atividades são regulamentadas pela lei 5.194/66.
Portanto, não é correto afirmar que o exercício da atividade de avaliação de imóveis não compete (também) aos engenheiros.
A verdade, é que para se definir o valor mercadológico de um imóvel, exige-se muito mais que opiniões. Ou seja, são necessários conhecimentos técnicos e científicos que são inerentes e exclusivos desses profissionais.
Os engenheiros possuem conhecimentos intrínsecos e extrínsecos dos imóveis, como por exemplo: A infraestrutura e equipamentos urbanos, diretrizes municipais de projeto para a ocupação do solo, projetos, qualidade dos acabamentos, patologias, vícios e danos construtivos, durabilidade, necessidades e custos de reformas ou recuperações, conforto térmico e acústico etc.
No entanto, cabe ressaltar que os engenheiros não são partes envolvidas nas operações. Portanto, eles não possuem quaisquer interesses quanto ao êxito ou não dessas transações. Ou seja, seus honorários são fixados independentemente da conclusão ou não do negócio.
Não nos parece justo desconsiderar as avaliações de imóveis dos corretores de imóveis.
Em muitas vezes, as avaliações dos corretores se fundamentam em opiniões e precificação comparativas de mercados, controlados pela lei da oferta e demanda. No que diz respeito aos aspectos técnicos, como qualidade da construção, eles não possuem a mesma fundamentação dos Engenheiros.
De toda forma, uma avaliação mercadológica realizada por engenheiro pode estar fora do real valor que os clientes estariam dispostos a pagar, para mais ou para menos.
Além do preço material atinente ao imóvel, o valor do mesmo pode variar conforme a economia local e nacional se comportam. Além disso, variáveis como taxa de juros, disponibilidade de comércios, bairros cobiçados, acessos, dentre outras variáveis, podem ser melhor percebidas pelos Corretores de Imóveis.
Do ponto de vista ideal, o melhor seria contratar um Engenheiro e um Corretor de Imóveis. Isso é, acreditamos que os trabalhos deles não se anulam, mas sim, se somam.
No entanto, sabemos que isso é algo inacessível para muitas pessoas. Assim, cabe a cada um fazer a seguinte escolha: O imóvel seria melhor avaliado com base nos aspectos técnicos (construtivos), por engenheiros; ou, seria melhor avaliado pelos corretores, com base nos preços que as pessoas estão dispostas a pagar e em imóveis que parecem ser semelhantes?
Robert Kiyosaki, no Livro Pai Rico, Pai Pobre, comenta que as avaliações dos seus investimentos em imóveis são feitas por uma equipe multidisciplinar.
Existe uma diferença entre preço e valor:
Há pessoas que pagam preços superiores ao que seriam avaliados porque o valor (sentimento) ele vai além dos quesitos técnicos.
Assim sendo, pode haver diferença de avaliação entre os Engenheiros, Corretores de Imóveis e a pessoa que quer vender/comprar o imóvel.
A última modificação desse post foi em 24 de outubro de 2020 16:41
O mercado de construção cresce a cada dia e trás algo novo. Hoje comentaremos o que é porcelanato líquido, suas…
Neste artigo curto, você descobrirá o que é NIRF e descobrirá a diferença dele com CCIR. No artigo denominado 'O…
Na maioria das vezes, investir em imóveis é um negócio lucrativo, mas a potencialização dos ganhos depende da sagacidade de…
Dentre as principais causas de anulação de leilões judiciais está o preço vil. Leia o artigo até o fim para…
Neste artigo abordaremos as funções de um corretor de imóveis. De antemão, tenha ciência de que a criatividade de um…
Hoje abordaremos a diferença entre propriedade e posse. No contexto imobiliário, quando moramos/usufruímos de um imóvel, nós podemos ser proprietários…
Este site usa cookies
Leia mais
Leave a Comment